Aniceto Barroso Neto - Professor

06/02/2012 22:00

Vale ressaltar que o trabalho do Artur começou aqui em Manaus há algum tempo. Sua ONG já realizou vários mutirões e inúmeras palestras nos bairros de Manaus. Sua militância, na maioria das vezes solitária e suas intensões sempre repletas de sonhos e otimismos, nos oferecem a grata satisfação e a oportunidade de constatar sua infinita capacidade de pensar em prol do bem comum e sua obstinação em transformar sonhos em realidade. 
E por falar em realidade, penso que Artur é daqueles que não acreditam em “belos relatórios” sobre a miséria, a fome, a doença e as injustiças sociais. O que quero dizer é que ele poderia se limitar, como muitos, a fazer belos relatórios ou belos filmes sobre a realidade dos quenianos e esperar que alguém se sensibilize a ponto de ajuda-los. Artur não! Para ele essa realidade tem pressa (olha o Betinho aí). Seus relatos são de carne e osso, com todos os tons em cinza que a realidade possui, com todas as imperfeições que as normas técnicas poderiam aferir, mas profundamente marcado pela intensidade de suas ações. Artur não diz “vou ver o que posso fazer”, simplesmente ele faz o que seu coração manda e as suas emoções orientam. Usa a solidariedade não somente como um ATO ISOLADO DE DOAÇÃO OU BONDADE – como muitos o fazem, na maioria das vezes para afastar o problema e justificar atitudes com o famoso “eu fiz o que pude” – mas principalmente como um PROCESSO DE (COM)PARTILHAMENTO, como jornada que mira sempre um mundo novo de paz e felicidade para todos. Vejo isso em sua prática! 
O ilustre americano disse, “Não pergunte o que seu país pode fazer por você, mas o que você pode fazer pelo seu país”. Creio que no caso do Artur ele diria, “Não pergunte o que você pode fazer pelos excluídos de seu país, mais o que os excluídos de seu país esperam que você faça por eles” e completaria, “mas realmente FAÇA, AQUI e AGORA!”.

 

Publicado no mural de Artur Ribas no Facebook.

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